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SOBRE A ARTE

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Murais de cinco artistas emolduram selfies no Boulevard Olímpico


Não é só o painel Etnias, pintado pelo artista plástico Eduardo Kobra e com 3 mil metros quadrados, que tem feito sucesso no Boulevard Olímpico. Ao longo da Orla Conde, murais de grafiteiros de várias partes do Rio têm sido alvos de selfies e seguem, claro, direto para as redes sociais.

Muita gente tem postado foto com o meu mural de fundo no Facebook e me marcado. O legal do grafite é ser uma arte democrática. O público não precisa ir a um museu para apreciar - afirma Wark Rocinha, de 30 anos, autor do painel "União dos Povos" (próximo ao armazém quatro), que retrata diversas raças dos anjos, sua marca registrada. - Criei os anjos para levar luz para lugares abandonados, como as favelas.


Diante do armazém dois, a representação de Nice, a deusa da vitória, chama atenção pelo colorido. O mural é da artista plástica Panmella Castro, também conhecida como Anarkia Boladona, que acabou de pintar um painel para o museu Urban Nation, o primeiro de arte urbana do mundo, que abre no ano que vem em Berlim.


Quis reafirmar a igualdade de gêneros, essa é uma vitória nossa - observa Panmela, de 35 anos, que acaba de se mudar do Centro para o Catete.

Quase ao lado do painel dela, um outro se destaca pela largura - é o mais estreitinho - e pelas cores - verde e rosa. Não, seu autor, Guilherme Kid, não é mangueirense. Torce pela Mocidade.



Penso que o verde e o rosa são como atabaques, cores que chamam - explica Kid, de 24 anos, morador de Realengo. - A cultura africana e a natureza são minhas referências.


Completam o time murais das artistas Rita Weiner (entre os armazéns 2 e 3) e Camila Camiz (ao lado do armazém 1).


Quis trazer nomes de comunidade e de diversas partes do Rio para deixar seus trabalhos marcados aqui no Boulevard - conta Andrea Franco, curadora e diretora artística do Boulevard Olímpico.



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